Se Bolsonaro quiser entrar para história, que “corte a cabeça da jararaca” (os tópicos que podem anular o monstro)

De forma muito simplificada, um mito é uma construção fantástica para explicar a realidade que nos cerca e não conseguimos entender como se origina. Em síntese, apesar de decorrer de um fato que nos assombra, ele é uma ficção. Uma lenda, diferentemente, decorre de um fato histórico, real, feito por pessoas concretas, independentemente de ter elementos espetaculares acrescentados. O que importa é que uma lenda, para nascer, precisa decorrer de algo espetacular que aconteceu com alguém em algum momento. Pois bem, estas eleições foram maravilhosas, pois permitiram que um espetáculo fosse produzido, especialmente pela falta de compostura dos derrotados.
De forma mais direta possível, as eleições se resumiram a uma consulta plebiscitária, não sobre programas de governo, mas sobre comportamentos, sobre posturas e sobre o que não se quer mais no país. Certamente, não se quer mais a mentira. Este é o ponto principal. Por exemplo, não se quer mais pessoas comendo hóstias, ao invés de comungarem, pois, para comungar, tem de haver fé e as pessoas que vêem alguém debochando da comunhão não aceitam esta mentira. Sem a fé, não existe transubstanciação e a hóstia não passa de um pedaço de pão. Deveriam ter levado manteiga também, caso estivessem a li para tomar café da manhã, por falta dele em casa. Mas não se trata aqui de falar dos erros dos outros, mas de pontos que precisam ser tratados para que realmente se veja um país respirando e olhando para o futuro.
Como esta eleição foi plebiscitária, razão pela qual foi irrelevante a existência de programa de governo, é possível concluir que as pessoas que votaram em Bolsonaro o fizeram porque, além de não quererem mais o que estava no poder, também desejam quatro coisas, sobre as quais o novo governante precisa se debruçar para que o mito realmente se configure numa lenda. Mais importante que isso, para que o país não quebre e o povo não se autodestrua, já que essas bobagens da emoção (mito; lenda; blá, blá, blá…) apenas escondem a realidade:
- a primeira delas é o combate à corrupção. O Presidente tem de manter a Operação Lava Jato e levá-la ao máximo da investigação e da punição. O povo precisa acreditar que seus valores são reais, que o furto realizado neste país será punido e que todos os envolvidos terão a pena executada. Será um júbilo coletivo se o novo governo der as condições para que a corrupção seja combatida constantemente. Não o novo Presidente, pois ele não pode e não deve fazer isso de maneira solitária, já que se caminhar nesta direção se constituirá em um tolo, além do fato de que não somos e não podemos ser uma ditadura. Para cumprir esta meta, terá agir com a sociedade, bem como ser transparente em todos os seus atos. Precisa tomar cuidado com aqueles que vão querer conversa de bastidores, como cortesãs numa alcova. Cada ato precisa ser construído com as portas abertas, para que o povo veja quem entrou na sala e leia nos lábios dos interlocutores e nas palavras não ditas as suas reais intenções. A chamada de Moro para o Ministério da Justiça, que inicialmente pareceu um risco, agora se mostra um dos melhores acertos. Sua substituta é alguém à altura e ele tem o exemplo da Operação Mãos Limpas, na Itália, que acabou definhando porque a política não mudou e não havia alguém no governo voltado para realmente fazer a Operação triunfar. O resultado por lá, não esqueçamos, foi Berlusconi! E cada uma avalie da forma como achar melhor.
Presidente, leve a Lava Jato até o fim e seja transparente em todos os seus atos, assim o povo enxergará claramente as razões para que o apoio lhe seja dado constantemente e ninguém poderá chegar perto do senhor e das nossas instituições para esfaquear o país inteiro. No entanto, não esqueça que a Lava Jato e a JBS podem já estar no seu jardim. Faça a poda antes que a erva daninha tome conta das plantas e o senhor dê aos inimigos do povo e da nossa sociedade, além de aos seus inimigos pessoais, o argumento para a sua desmoralização como liderança e coloquem o seu governo na vala comum daquilo que esteve governando ao longo das últimas duas décadas.
- a segunda medida para garantir que o futuro se apresente é gerar a segurança pública, pois, se isto for garantido, a educação será renovada, já que as salas de aula poderão ver o retorno da autoridade sem necessitar do autoritarismo, além do que, os marginais não terão condições de dizer o que deve ser ensinado. Ademais, apenas com o primeiro ponto, o combate à corrupção, o dinheiro para a saúde fluirá sem os desvios vermelhos. Ou seja, com a segurança, aliada ao combate à corrupção, a saúde e a educação brilharão por impulso, mesmo porque ambos se articulam com a segurança pública, que não se reduz exclusivamente a mais guardas nas ruas, já que ela se constitui em um sistema que previne, combate e pune aqueles que romperam o contrato social. Simples assim! O povo precisa disso, mas não esqueça que Direitos Humanos não é uma propriedade da esquerda, e não seja enganado sobre esta mentira dos seus antagonistas. Direitos Humanos é uma conquista da humanidade que, realmente, permite a distinção entre civilização e barbárie. Temos de ter sempre em mente que os maiores desrespeitadores dos direitos humanos são os governos totalitários, para quem a humanidade é composta apenas por aqueles que apoiam as suas mentiras. Lembrem dos professores, artistas e políticos defensores desses modelos de Estado dizendo que “para a direita, apenas deve ser dado o paredão e uma boa cova”! Esta esquerda de baixo caráter que se apossou do Brasil roubou da sociedade esta conquista para torná-la moeda de troca. Chegou ao ponto de reduzir os Direitos Humanos à completa falta de compromisso e ao jogo da vitimização. Deturpou o conceito, destruiu a justiça, mascarou a legalidade e reduziu tudo ao voto e ao poder político, tornando os diretos humanos uma justificativa para que as pessoas esquecessem que vale a pena ser o que são e reivindicassem este direito, mas que isto só tem sentido se também assumirem os seus deveres, respeitando os espaços públicos! Pior, tornaram o conceito uma justificativa para que os cidadãos passassem a se observar apenas como soldados cegos de líderes tacanhos, interessados no poder pessoal, e ganhando em troca desses indivíduos poderosos unicamente o direito de colocar em prática os seus mais baixos instintos, sem qualquer punição. Parafraseando os mal-intencionados, “Nunca antes, na história deste país, os direitos humanos foram tão deturpados, ao ponto de tornarem os cidadãos de boa-fé apenas uma tola massa de manobra e, aos demais que não se submeteram a isso, a inimigos do partido”!
A segurança pública é uma exigência, mesmo porque ela será efetivada de forma plena com o combate à corrupção. Quando a cabeça da serpente cair, o corpo perderá força. Vejam o Rio de Janeiro. Será que alguém acha que qualquer intervenção terá efeito se não forem presos os verdadeiros bandidos que se alimentam na desordem que a insegurança pública gera na sociedade? Sérgio Cabral é apenas uma das cabeças da Hidra. Outras devem ser pegas, e devem ser procuradas nos Palácios do Rio de Janeiro. Isso é mais importante que colocar Snipers para atirar em marginais com fuzis, pois tal coisa poderá ser um tiro no pé do governante, já que, em muito pouco tempo, os atiradores terão de lidar com a decisão triste de atirar em crianças. Certamente, os comandantes do crime colocarão crianças com fuzis para enfrentar os órgãos policiais, e não duvidem que certos partidos que gostam do sangue colorindo as suas bandeiras já estejam realizando reuniões clandestinas para estimular isso, pois a foto de uma criança morta com fuzil será usada no mundo todo para reforçar a imagem que se quer criar de que o fascismo tomou conta do país (Na realidade, ele esteve no poder por 13 anos e agora poderá ser expulso) e usarão as articulações que têm com artistas brilhantes, mas ignorantes do que se passa no mundo além do próprio umbigo, e adoram receber informações erradas, para fazerem declarações estúpidas, em meio à ressaca dos shows regados a muita falta de informação concreta, além de bastante dinheiro, claro! O pior é que estes artistas não estarão ébrios quando fizerem estas declarações! Mas como diz um amigo meu altamente debochado: “não existe bobagem que esses artistas ignorantes não sejam capazes de falar quando estão sóbrios!”.
Voltando aos Snipers, o seu uso será importante, mas desde que haja uma legislação que deixe claro aquilo que vai além do “excludente de ilicitude”, pois não é disso que se trata, mas de mostrar para a sociedade brasileira e para o mundo que se vive uma situação de guerra, apenas isso justificaria o uso de meios dessa natureza. Ou seja, o novo governo terá de assumir que o Brasil tem áreas em que a guerra se instaurou, razão pela qual considera eticamente justificável usar dos meios necessários, e tal coisa trará graves consequências. Também terá de fazer o cálculo de custo e benefício em assumir para o mundo e mostrar a verdade. Isso levará a ter de enfrentar situações como a de que não se pode fazer turismo no Rio de Janeiro enquanto o problema não estiver resolvido. É uma indústria que sofrerá, mas terá que entender e pactuar com um governo transparente e bem-intencionado, se ele realmente for. Da mesma forma, terá de assumir que a solução do problema não poderá admitir exclusões, tendo de combater especialmente os bunkers localizados nas belas mansões tanto no Rio, como em São Paulo, em Brasííília, Alagoooas, Maranhããão e outros lugares. Por isso, construa-se a legislação antes de atuar, e haja com transparência, mostrando para todos o fato tal qual está acontecendo no Brasil. As pessoas precisam ver as festas, as orgias, os banhos de sangue a mando dos aproveitadores endinheirados, bem como quem são aqueles que estão usufruindo do dinheiro do povo para entenderem o que se passa verdadeiramente. Se assim o fizer, podem ir os sem caráter para qualquer lugar do mundo a falar as mentiras que quiserem, e se o Bono não entender, então mostrará que é da mesma estirpe desses farsantes, e que vá Voxzeirar no quinto dos infernos, já que ele parece gostar de dizer que entende da identificação de demônios. Muitos ficarão contra, mas a grande maioria o apoiará, Presidente, se isso for feito com transparência e o mundo terá de respeitar as decisões tomadas.
- Criar as bases para o empreendedorismo. Na realidade, o Brasil nunca sofreu com o socialismo, mas com a falta de capitalismo real. Empreender no Brasil é uma das mais ingratas tarefas que alguém pode ter neste país. Tudo é feito para impedir que alguém comece algo e, pior, se começar, que triunfe. Certa vez, conversando com uma pessoa muito importante para mim, em um momento de desânimo, eu disse que se ganhasse uns 35 milhões na Mega Sena, eu pagaria os impostos necessários e legalmente levaria o dinheiro embora do Brasil, pois, em um país sério, o que sobrasse daria para eu viver até o final da minha vida, ficar maravilhosamente bem com a minha família e morrer em paz. A resposta que recebi foi de uma inteligência espetacular! Ela me disse: “Não vejo esta necessidade! Este é o país feito para quem é rico! Tudo protege quem não tem compromisso com ninguém e nada, exceto com seus egoísmos! Tudo é construído para destruir o pequeno e o médio, para explorar quem é menos abastado e para colocar os ricos acima das leis! Quem tem trinta milhões aqui, logo receberá de todos os vagabundos em Brasília plenos convites para transformar o que dispõe em 300 milhões de reais e depois transformar em 1 bilhão. O problema é que para fazer isso você deverá ter um dom que só os poderosos do Brasil têm – ser capaz de sentir muito prazer, deleitar-se com a desgraça dos que lhe cercam”!
Se gerar o empreendedorismo é uma das tarefas essenciais, então, senhor Presidente, combata o Monopólio e os Oligopólios. Produza uma economia concorrencial, estimulando o pequeno e o médio, pois a riqueza é gerada especialmente pela inovação e esta tende a surgir principalmente nos pequenos que querem mostrar porque devem ter lugar ao sol, e não nos grandes, cuja mais importante preocupação é garantir o espaço que já tem e sabem que num país de leis turvas é muito mais econômico destruir quem surge com coisas ótimas do que investir para produzir em coisas apenas regulares. Esses monopolistas e oligopolistas são os inimigos do capitalismo, não é à toa que sempre se aproximam de governos, bajulando-os como prostitutas de luxo, para que o governante faça do Estado o seu principal cliente. Olhe no passado recente e verá quem são. E são muito espertos, pois, se querem o povo como cliente, o fazem também com o conluio dos políticos insensíveis com o cidadão brasileiro. Lembra da Dilma tirando o IPI dos carros para entorpecer o povo e levá-lo a se endividar? Isso deve ter garantido que 100.000 empregos das montadoras de automóveis se mantivessem, já que elas pressionaram o governo, mas gerou também milhões de endividados, seduzido pelos seus desejos, uma vez que a jogada foi ativar as demandas reprimidas. Termo técnico bonito para enganar os outros! Pior, estimulou a presença de mais carros nas ruas, com pouca malha viária expandida, mantendo um problema que o trabalhador não quer, que é a pouca mobilidade urbana, algo que precisa ser solucionado com investimentos em transportes públicos eficientes, limpos, confortáveis e mais baratos e não com mais carros entupindo as cidades. Somente um membro de um Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Brasileiros poderia ser tão insensível com as classes mais pobres, seduzindo-os com seus sonhos, embora, na realidade, mais do que carros, estas apenas sonham verdadeiramente em poder chegar rapidamente em casa depois do trabalho, para ter tempo hábil de descansar, curtir a família, se divertir etc., mas…!
A forma de combatê-los (os Monopólios e Oligopólios) é produzindo a proliferação dos concorrentes, permitindo a proliferação de novas micro, pequenas e médias empresas, que devem ser estimuladas com incentivos de toda a natureza, especialmente com a defesa da propriedade intelectual. Reconstrua os órgãos brasileiros responsáveis pelo registro de propriedade intelectual. É indecente que alguém tenha de esperar até 9 anos no INPI para ter seu Logo, sua Marca, ou sua propriedade intelectual reconhecida e preservada. Quem ganha com isso são apenas os grandes, que não permitem os pequenos crescerem e, ao contrário do que o governo anterior falava, estes pequenos é que podem ter em seus cérebros o segredo do crescimento econômico e do desenvolvimento, e se tiverem chances, irão apresentá-los para toda a sociedade. Cuide dessas crianças, que elas se tornarão adultos decentes e enriquecerão o país inteiro. Combata os Monopólios e os Oligopólios e o Brasil se tornará capitalista de verdade, não o capitalista selvagem ou o capitalista de Estado, e nunca mais a demagogia de todas as vertentes dos “Partidos Nacional-Socialistas dos Trabalhadores Brasileiros” terá campo para semear a sua sujeira.
- O quarto ponto, talvez o articulador de todo o futuro, é a Reforma Política. O Presidencialismo de Coalizão é um corpo apodrecendo e infectando a vida da nossa sociedade. Ele tem de ser substituído. Não dá mais para viver em um sistema em que não há oxigenação das lideranças, não há renovação, nem perspectivas de melhora. Não me digam que nesta eleição houve renovação de 50% dos representantes. Isso é uma bobagem, já que a mecânica interna do sistema gera o mesmo tipo de diálogo, não permite que surjam lideranças reais, mas apenas dinastias de sangue, dinastias de grupos, ou gritos de discordantes que, ao entrarem no processo, verão que suas vozes não farão eco. Não há como ter engrenagens diferentes dentro da mesma máquina, como bem me falou uma internacionalista brilhante! Quem achar que algo poderá ser mudado com o próximo Congresso, que espere para se decepcionar. Além de tudo, uma maioria real não foi conseguida e terá de ser feita muita costura, seguindo os mesmos costumes. Com o tempo, o ditado de que o “hábito faz o monge” será mais real do que nunca. Para piorar, muita gente ruim se reelegeu, e é gente ruim que conhece os atalhos do campo e, se não fizer gol, impedirá que outros façam. Neste sistema imundo, tão importante quanto fazer gol, é impedir que alguém o faça, pois assim tudo continuará como sempre foi, com os mesmos espíritos, agora como “possuindo” corpos novos, demoniacamente. Entenda que o exorcismo só pode ser feito pela substituição do sistema.
Essa reforma terá de acabar com o presidencialismo de coalizão e, mais do que isso, mudar as relações entre os poderes. Terá de rever a forma de composição e indicação do Supremo Tribunal Federal, um Órgão que se mostra como a mais pura chacota ao país, bem como o sistema eleitoral e partidário. Os partidos devem ser partidos programáticos e os eleitores devem votar em seus programas e não nos seus caciques. Para tanto, a reeleição deve ser encerrada para o executivo e, ao legislativo, limitada a uma vez.
Num episódio, em um debate que fiz com o ex-deputado Ibsen Pinheiro, ele falou algo importante na defesa da reeleição, embora em tom de caricatura, mas que, concordo, expressa a mais pura realidade. Disse que, “no primeiro ano de mandato, o deputado não consegue saber nem ao menos onde ficam os banheiros da Câmara”! Ele está absolutamente certo! É isto mesmo! Por incrível que pareça, a realidade é tão complexa, que, verdadeiramente, a imagem é precisa, pois, lá, até a localização dos banheiros parece ser uma armadilha para esconder algo! Mas, se um deputado precisar mais do que dois anos para entender o que se passa a sua volta, então ele é um completo incompetente, ou um vagabundo, ali não é o seu lugar e que vá embora! Dois mandatos seguidos são suficientes. Isso obrigará também a que os partidos desenvolvam quadros e criem oxigenação nas representações e se um representante deixar saudade ele será reeleito no futuro, da mesma forma, ele poderá continuar atuando pelo partido, afinal, a política não se resume a ganhar um cargo eletivo e ficar décadas explorando o povo. O Senado deve ser reformulado, pois não pode ser uma Câmara dos Deputados de luxo, sendo composto por nobres investidos para a duração de quase uma geração, e para se colocarem acima da humanidade, fazendo este circo de processo legislativo que vemos no Senado brasileiro. Sua duração deve ser igual a da Câmara e há propostas de como reduzi-lo. Basta coragem! Apenas para que todos reflitam sobre os absurdos que precisam ser extintos, como é possível que um suplente de Senador, seja alguém escolhido pelo Senador eleito no período eleitoral e se este se afastar, por motivos que ele deseja, tal criatura assume? Pior, se tal ser ficar por um certo curto período, devido a um afastamento temporário do Senador titular, tal entidade terá os mesmos direitos e todos os benefícios como se tivesse sido o Senador titular!!!! Isso é um escárnio para o mundo, não apenas para o Brasil. Quem paga por tal absurdo é você, que está lendo este texto. Se você se sente um tolo, eu também me sinto!
A questão principal, contudo, é como fazer esta reforma. Nunca os que estão aí a farão, mesmo com os novos que entraram. O sistema é feito para que quem entra nunca mais saia e dificilmente dê lugar a outro, exceto em momentos especiais da história, como se deu recentemente com a saída da metade dos membros, ou se este aquele novo que entra for de sua família, entendida aqui não apenas no contexto cristão, em que há laços de sangue e amor, mas também no contexto grego, em que família é uma unidade econômica, reunindo todos os que estão inseridos no mesmo grupo produtivo. Interessante!!! Este também é proximamente o mesmo sentido que proliferou na Itália, principalmente desde o século XIX, entre os grupos que agem à margem da sociedade e com características específicas! Seria interessante consultar os escritos de Sérgio Moro e ver suas impressões sobre isso para tentar descobrir qual é o contexto de família que grassa no nosso legislativo: o cristão, o grego antigo ou o italiano especial da era contemporânea!
Se é quase impossível fazerem a reforma, então esta só será viável se ocorrer por intermédio de uma Constituinte. Mas não poderá ser qualquer uma. A melhor forma será a de uma Constituinte Revisional Exclusiva para a Reforma Política, pois preservará a experiência política acumulada, garantirá as conquistas adquiridas, e aperfeiçoará o que deve ser aperfeiçoado, realizando a substituição apenas daquilo que está podre: o nosso sistema político e algumas questões envolvendo a constituição dos poderes.
Vamos deixar claro que esta não é a proposta apresentada pelo Partido do candidato derrotado nas eleições e comandado a partir de cela 5 estrelas de Curitiba. Eles querem copiar a Venezuela, com uma Constituinte que se sobreponha ao Congresso e seja originária, o que permitirá fazer qualquer coisa, inclusive segregar o povo, perseguir pessoas, inocentar bandidos, tirar criminosos da cadeia, e acabar com a conquista realizada recentemente de afastar parte do que há de podre na nossa política, algo que foi conseguido com tanto custo.
Quem acha que é impossível uma Constituinte Revisional Exclusiva para a Reforma política, há uma Dissertação de Mestrado, desenvolvida pelo ex-secretário de habitação do Rio grande do Sul, Armênio dos Santos, que mostra o canal democrático para realizá-la. Pode ser feita por uma PEC que convocará a Constituinte e dará a esta a sua tarefa. Neste sentido, como exigirá que o Congresso a convoque, pode-se pensar que o problema volta ao início, pois os que estão aí é que terão de lançar a Constituinte, logo, nunca ocorrerá. Neste ponto é que se mostra a necessidade de que os líderes políticos e sociais se apresentem e entrem para a história. Que usem de suas vozes para convocar o povo às ruas e que este cerque o Congresso e obrigue os deputados e senadores a convocarem esta Constituinte. Será um grande momento da nossa história, pois o povo estará dizendo o que quer para quem é apenas seu empregado. Será o real triunfo da Democracia.
Mais uma vez isto não é o mesmo que quer o Partido derrotado recentemente, pelo contrário, é o oposto. A pergunta sobre como será a Constituinte, é outra questão e será tratada em outro momento, mas este é um caminho para transformar definitivamente o país, ou, como diria o general Góes Monteiro, personalidade que participou da construção do Brasil entre 1930 e 1954, será o caminho para “…tirar o Brasil do reino da fábula, e colocá-lo definitivamente no reino da história”!
Temos aqui quatro pontos que, ao que tudo indica, são coisas que o povo deseja que sejam realizados pelo novo Presidente. Claro que ele não conseguirá fazer tudo isso. Seria mais que um sonho! No entanto, se ao menos resolver o primeiro e o quarto tópicos, certamente estará entre as personagens que libertaram e construíram o Brasil, e será lembrado como um exemplo na história, sabendo-se que a história é rígida com aqueles que abusam dela, pois quem se mostra um farsante e apenas alguém que aproveitou do que lhe foi oferecido para enganar a sociedade, certamente, o destino lhe reserva mais do que apodrecer numa cela de cadeia, reserva-lhe apodrecer na memória do seu povo! Tal coisa é, nada mais, nada menos, que uma das formas em que se apresenta o Inferno!
Desculpa, professor, mas a falta de compustura foi de ambos os lados.
Se vamos levar pela Lava a Jato, o candidato eleito proprpr já deveria estar sendo investigado pela pela proprpr confissão de ter recebido propina, ou de seu escolhido para Chanceler, que também é recebedor confesso. E isso é só o começo.
Garantia da segurança pública sose dará ou com um fortalecimento extremo dos controles de fronteira e sufocar o traftrá e contrabando, injeção de dinheiro federal nas PM e PC, forçando os governos estaduais a abrir mão de parte de seu poder e assim rompendo o pacto federativo, o que em ambos os casos, não vejo vonrade nem capacidade financeira para tal.
O teu terceiro ponto fala do empreendedorismo, mas não podemos esquecer que na adversidade que se mais ganha conquistando os espaços deixados pelos fracos.
Teu quarto item e interessante: o presidencialismo de coalizão. Mas qual sistema seria o ideal? O quasi bipartidarismo americano, o parlamentarismo também quase bipartidário britânico? O palamparlamenta misto francês ou alemão? Ou o de lista fechada como o israelense? Seja o que for, será preciso mudar a constituição e o eleito não tem base parlamentar. Aliás, se não for por intermédio de seus gaviões, terá que conquistar os congressistas pombas, que não toleram o jeito intepestivo dele. Aliás,vem toda a sua carreira congressional, no nova foi nada em qualquer comissão parlamentar que fosse justamente por sua falta de diálogo e baixo nível intelectual. Neste último ponto, o eleito deve aprender a respeitar e pensar antes de falar tanta besteira e depois seus acessórios sairem correndo para apagar o fogo. Na realidade, foi inaugurado o FeBeAPa.